Nesta semana dos Pais, resolvi dedicar um texto ao nosso Pai, e aproveitar para pensar como foi a nossa minha infância, aqui na Retorta com o nosso Pai e Avô.
Ambos Homens aficionados e com objetivos concretos, em que a Retorta foi o farol de todos os planos…..Se por um lado o nosso Avô esperava pelos fins de semana para vir para a quinta, já o nosso Pai vem para a quinta diariamente acompanhar tudo o que por aqui acontece!!
O que mais me lembro desses tempos de fins de semana na Retorta com o meu Avô eram os passeios na ribeira, que na época tinha muita água, peixes, rãs a saltar entre as margens e imensas flores, com que eu me deliciava a brincar, horas e horas a fio…
Em outros tempos, quando todas (eu e as minhas duas irmãs) eramos de tamanhos diferentes (bem mais pequenas) e o colo do nosso Pai era grande, não tínhamos a noção do tempo, da urgência, da necessidade e da dedicação, que para nós era natural……Agora depois de uns anos volvidos, o colo continua grande e mantem a incrível sensação de conforto e segurança que todos nós apesar de adultas por vezes precisamos., e que sabemos onde está!
Acredito que o estabelecimento deste vínculo efetivo entre nós, é muito para além do sangue, é antes a dedicação, o afeto, a disponibilidade, a preocupação diária, que no nosso desenvolvimento diário de crianças foi decisivo, para a definição com clareza da personalidade e conduta!
Agora que as novas gerações, começam a ocupar lugar na nossa família, vejo o meu Pai a ocupar com naturalidade o lugar do meu Avô aqui na Retorta, em que as brincadeiras são todas permitidas e que só a fome e a noite traz Avô e crianças a casa!
No final, acredito que o filho que qualquer Pai quer ter, é sempre o resultado do tipo de Pai que ele é.
Obrigada Pai por seres assim!